Evangelho do dia 23

João 4,5-42

A liturgia deste domingo mostra uma abundancia de água. Sinal de vida e essencial para o homem. Na primeira leitura os judeus são saciados pelo poder de Deus que tira água da rocha. Mas como ainda estão a caminho da terra prometida beberam uma água que saciava por pouco tempo. Logo que andassem mais um pouco sentiriam sede novamente.
Deus sustentou seu povo a caminho até a vinda de Jesus que veio trazer a água que jorra para a vida eterna. Ele mesmo oferece a samaritana, mulher, estrangeira, excluída pelos judeus assim como todo seu povo. Ela, mais que ninguém, estava sedenta pela água que Cristo podia oferecer.
Embora seus olhos e seu entendimento não ultrapassassem o limite do material achando que Jesus falava da água do poço de Jacó (assim também como apóstolos que não entenderam que o pão estava falando Jesus) ele vai no intimo do seu coração fazendo-a ver pela fé que a água que mata a sede para sempre é a própria Palavra de Deus, Jesus mesmo.
Jesus vem ao nosso encontro também nos nossos momentos de sede, de dificuldades, em que muitas vezes reclamamos e murmuramos contra Deus como os da 1º Leitura. Vem para nos oferecer a mesma água que jorra para a vida eterna. Somos caminheiros, não em direção a uma terra prometida aqui, mas rumo a Deus e se não nos saciarmos por Jesus nossa vida será sempre um eterno clamor.
Cristo conhece nosso íntimo e sabe do que realmente necessitamos. É preciso o cristão fazer sua parte e caminhar, anunciar Jesus. Abrir os olhos a realidades mais elevadas e perceber que Jesus fala conosco com Palavras de vida eterna. O cristão maduro é aquele que sempre bebe desta fonte que jorra para a vida, que se compromete e não se cansa diante das dificuldades e das necessidades. Peçamos a Deus a graça de corresponder sempre.



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