Marcos 6,17-29
O relato do destino trágico de João Batista serve
de lição para os discípulos de Jesus, no exercício da missão. A liberdade, que
o Precursor demonstrou, deverá ser imitada por quem está a serviço do Reino, e
se defronta com tiranos e prepotentes, que intimidam e querem calar quem lhes
denuncia as mazelas.
Prevalecendo-se de sua condição, Herodes seduziu a
mulher do irmão para se casar com ela. João Batista não teve medo de
enfrentá-lo, e dizer-lhe não ser permitido conservar como esposa, quem não lhe pertencia.
Sua condição real não lhe dava o direito de praticar tamanha arbitrariedade.
O profeta João sabia exatamente com quem estava
falando. Ele um "zé ninguém", questionando uma autoridade
estabelecida pelo imperador, com direitos quase absolutos sobre os cidadãos.
Por isso, não lhe parecia errado atropelar o direito sagrado de seu irmão, de
ter uma esposa.
Por outro lado, todos conheciam muito bem o
espírito violento da família de Herodes. Mesmo assim, João não hesitou em
denunciá-lo publicamente.
Quiçá não contasse com a ira de Herodíades,
atingida também pela denúncia. Foi ela quem instigou Herodes a consumar sua
maldade: decapitar a quem mandara lançar na prisão, por ter-lhe lançado em
rosto o seu pecado.
O testemunho de João Batista inspira a quem se
tornou discípulo da verdade
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